905 FM | A 24° edição do Festival Nacional de Teatro de Guaçuí chega ao fim.
A 24° edição do Festival Nacional de Teatro de Guaçuí chega ao fim.
2 de setembro de 2024
, Créditos:Anderson Americo Vargas
A cidade de Guaçuí encerrou o 24° Festival Nacional de Teatro com muitas alegrias e sorrisos. Durante o festival, que se consolidou como um dos eventos mais esperados do ano, o teatro invadiu as ruas e os palcos, oferecendo uma programação diversificada que encantou crianças, jovens, adultos e a melhor idade.
Com apresentações que iam desde intervenções teatrais em espaços abertos até peças com mensagens profundas e reflexões críticas, o festival proporcionou momentos de pura magia e celebração cultural.
A comédia que fechou com chave de ouro.
O encerramento do evento foi do Grupo Gota, Pó e Poeira, de Guaçuí, Espírito Santo, que apresentou a divertida peça "A Estória do Homem que vendeu sua Alma ao Diabo e Quase Perdeu o Seu Amor.
"A história é protagonizada por Severo, um homem pobre e apaixonado pela donzela Felícia, filha da rica, interesseira e preconceituosa Coronela.
Quando Severo tenta pedir a mão de sua amada, carinhosamente chamada de "bonequinha de milho", em casamento, ele é recebido a tiros pela mãe da moça, que prefere ver sua filha freira a casada com um "Zé Ninguém", apelido dado a Severo pela própria Coronela.
Desesperado após rogar a todos os santos por ajuda, Severo é surpreendido pela aparição do diabo, que se oferece para realizar qualquer desejo seu em troca de sua alma.
O enredo se desenrola com uma mistura de comédia e tensão, enquanto Severo enfrenta um dilema: aceitar o acordo com o diabo e garantir o amor de Felícia, ou preservar sua alma e arriscar perder sua amada para sempre.
A peça encantou a plateia com sua narrativa envolvente, repleta de humor, emoção e críticas sociais sutis.
Foi uma noite mágica em que a casa estava lotada, com espectadores de todas as idades se divertindo e refletindo sobre os dilemas apresentados na comédia.
A apresentação foi um sucesso de público, reafirmando a força do teatro em tocar corações e proporcionar risos, mesmo em tempos difíceis.
Reflexões e Transformações: "Sobre as Coisas Não Ditas"
Antes do encerramento, o público pôde apreciar a peça "Sobre as Coisas Não Ditas", apresentada pelo CTI: Comunidade Teatral Independente, do Rio de Janeiro.
A peça explorou temas como a metamorfose humana, os medos, a transformação e a compreensão das próprias experiências de vida.
Com personagens únicos, como a menina cega que sonhava em ver o mar, a bailarina incompreendida e a adolescente que não se enquadra nos padrões estéticos, o espetáculo convidou o público a refletir sobre o que é dito e, principalmente, sobre o silenciado.
A peça, com seu universo metafórico e carregado de entrelinhas, evocou a obra "A Metamorfose" de Franz Kafka, trazendo uma reflexão sobre o valor de viver conforme as próprias escolhas, em vez de seguir as expectativas alheias.
O jogo de luzes, o cenário minimalista e a expressividade dos atores fizeram o público mergulhar numa experiência introspectiva e intensa, questionando o sentido de viver a vida dos outros em vez de criar sua própria narrativa.
Agradecimentos Especiais a Todos os Espetáculos
Queremos agradecer de coração a todos os grupos teatrais que fizeram parte desta edição do festival.
Cada espetáculo trouxe uma energia única, uma mensagem especial, e contribuiu para que esta semana fosse tão memorável.
O festival começou no domingo, 25 de agosto, com a poderosa peça "Revolução na América do Sul" do Grupo Teatro Experimental de Pouso Alegre (MG), que fez uma crítica contundente à desigualdade social e à política. Foi uma apresentação intensa que nos fez refletir sobre os desafios enfrentados pelos trabalhadores no Brasil.
Na segunda-feira, 26 de agosto, as crianças e seus pais se encantaram com "Calunga – A Princesa Que Virou Boneca" da Cia Mais Um Ponto Mais um Conto (Guaçuí – ES), uma história cheia de magia, coragem e amor. No mesmo dia, a peça "10 Minutos de Lucidez" da Cia Labirinto (Diamantina – MG) misturou teatro e dança para contar uma história sobre os altos e baixos de um relacionamento, encantando a todos com sua criatividade e sensibilidade.
Terça-feira, 27 de agosto foi um dia repleto de emoções com "Jujuba para dias de chuva" da Cia Sei lá o que de Teatro (Goiânia – GO), que abordou o afeto nas pequenas coisas do dia a dia. Depois, "Carne Viva" do Grupo Teatral Caparaó (Alegre – ES) revisitou as complexidades dos relacionamentos humanos com uma narrativa visceral e impactante.
No quarta-feira, 28 de agosto, "A Árvore" da Cia Boyasha (Itapemirim – ES) trouxe uma bela fábula sobre sonhos e amizades que encantou a todos. Em seguida, "A Escritora e o Empalhador de Animais" da Cia Em Comma de Teatro (Santa Maria – DF) apresentou um drama envolvente sobre a violência doméstica e a força para superar traumas.
Quinta-feira, 29 de agosto foi um dia cheio de diversidade teatral. Tivemos desde a cômica contação de histórias de "Um conto de amor nordestino" do Coletivo Teatral Sonhe Que Dá (Bayeux – PB), até a crítica alegórica de "A Charanga dos Proscritos" da Cia Boyasha (Itapemirim – ES), que fez uma reflexão sobre regimes autoritários.
Na sexta-feira, 30 de agosto, viajamos pelo mundo musical de Luiz Gonzaga com "Cantarolando Luiz Gonzaga" do Grupo Teatral AsLucianas (Rio de Janeiro – RJ), que trouxe o legado do Rei do Baião ao palco de Guaçuí. Ainda nesse dia, a peça "A menina e o boizinho" do Coletivo Cabaça (Parnaíba – PI) nos transportou para um mundo de lendas e folclore brasileiro.
O festival culminou no sábado, 31 de agosto, com uma série de apresentações inesquecíveis. "Chapeuzinho Vermelho, outro conto!" da Porão Produções Culturais (Ribeirão Preto – SP) ofereceu uma nova versão de um clássico infantil, enquanto "Ciranda Sertaneja" da Carroça Teatral (Sete Lagoas – MG) trouxe uma emocionante história de amor no sertão. Por fim, "A estória do homem que vendeu sua alma ao diabo e quase perdeu o seu amor" do Gota, Pó e Poeira (Guaçuí - ES) encerrou o festival com chave de ouro, arrancando gargalhadas e aplausos da plateia.
O Sentimento de Gratidão e a Promessa de um Futuro Brilhante
Conversando com o público ao final do festival, as palavras "gratificante" e "incrível" foram frequentemente ouvidas.
Muitos jovens, abraçando a cultura e o teatro, demonstraram um engajamento notável, enquanto as famílias se mostraram animadas e dispostas a incentivar seus filhos a continuar apreciando as artes.
Este sentimento coletivo de gratidão e admiração é um reflexo da importância do festival para a cidade de Guaçuí e para todos os que têm a chance de vivenciar essa experiência única.
Um Evento que Marca o Coração da Cidade
O Festival Nacional de Teatro de Guaçuí não é apenas um evento; é uma celebração da arte, da cultura e da vida.
Para muitos, ele se consolidou como o melhor evento do ano, aquele que revisita a alegria de viver e o prazer de compartilhar momentos inesquecíveis.
Como disse um sábio, "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."
Que venha o próximo festival, com mais risos, mais reflexões e, claro, muitos aplausos!
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